quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Crackers

Quem é que precisa de comprar tostas quando se podem fazer em casa umas tostas ainda melhores e mais saudáveis do que as de compra.

Basta para isso ter:

1 chávena de farinha de amêndoa
1 clara
sal
alho
especiarias a gosto (no meu caso coloquei sal, oregãos e alho)

Misturar tudo, fazer uma bola com a mão até estar tipo pasta e depois achatar o mais fininho possivel num tabuleiro forrado com papel manteiga e cortar com uma faca ou cortador de pizza.

Vai ao forno 190 graus, 10/15 minutos, dependendo se queremos mais ou menos estaladiças.

Que maravilha.




terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Diploma mais cms perdidos, a mudança!

Este sábado foi o almoço de Natal no meu querido Vivafit. Foi a primeira vez que participei e participei porque sinto que realmente aquelas pessoas são a minha familia da hora de almoço. É lá que vou exorcizar os fantasmas, libertar energias, rir muito, cantar e sim chorar muito também de dor. Quem fala mal do Vivafit é porque nunca experimentou as aulas da hora de almoço do Vivafit de Linda a Velha. Estas aulas não são para meninas. São aulas para gente crescida que não tem medo de sofrer. E ainda assim, mesmo sabendo que vamos lá para sofrer, estamos lá todos os dias (ou quase, pronto). 

Já falei aqui um pouco do meu percurso mas vou voltar a fazê-lo. Vai ser um post longo aviso já.

Quando eu era miúda, com os meus 20/30 anos era uma ginásiodependente. Saía do trabalho, ia para o ginásio e ficava lá até quase a hora de fechar. Todos os dias. Fazia tudo, body combat, body pump, step eram as minhas aulas preferidas e chegava a fazer as 3 aulas de seguida. Era jovem e aguentava-me bem. Não tinha filhos nem ninguém à minha espera em casa. Não era gorda, mas não era magra nem tonificada. Tinha montes de celulite, umas pernas grossas (não era músculo) e rabo grande. Pensava sempre, isto é genético, a minha  mãe também tem perna grossa. Nunca liguei. A minha alimentação era para lá de má. Não jantava. E quando chegava a casa perto da meia noite, metia uma pizza no forno e comia uma sopa de pacote intercalando com pratos de cerelac. Entretanto veio o marido e os filhos pelos 32 anos. Deixei o ginásio no ano em que me juntei. Com uma gravidez de gémeos estava totalmente proibida de fazer ginástica. Foi só engordar tipo peru para o Natal. 28 Kgs a mais e não, não era só por estar grávida de gémeos. Emagrecer foi o diabo a 4. Dieta rigorosa numa nutricionista, tratamentos de endermologia e 6 meses num Vivafit que tinha ao lado de casa. Sim, emagreci mas estava ainda longe das medidas de antes da gravidez (não que estas fossem maravilhosas). Mais uma vez a grande desculpa. Ah, o corpo da mulher muda depois de ser mãe e a anca alarga. Pois sim. Desculpas.

Quando voltei ao trabalho, deixei o ginásio e os tratamentos e mais uma vez com a alimentação péssima, voltei a engordar. E tenho andado assim desde há 10 anos. Engorda, emagrece, engorda, emagrece. Voltei ao ginásio há cerca de 4 anos, para outro Vivafit ao pé do meu trabalho. Foi pouca sorte pois o ginásio não tinha muita adesão e não se viam resultados. Entretanto, o ginásio faliu há 2 anos e obrigou-me a procurar outra alternativa. Encontrei o Vivafit Linda a Velha e resolvi experimentar. Porquê continuar a insistir no Vivafit? Francamente para mim o factor decisivo na altura foi o horário. Era dos poucos com aulas de grupo às 13h15, hora ideal para mim e eram aulas de apenas 30 minutos. Mal eu imaginava que desta vez tinha mesmo acertado.

Fui sempre muitíssimo bem recebida e todas as instrutoras que passavam por lá eram absolutamente fantásticas. Nunca havia aquela coisa de "eu só vou aquela aula porque só gosto daquela instrutora". Todas eram (são) excepcionais. E as minhas colegas da hora de almoço, bem.... são uma equipa maravilhosa. Bem dispostas, simpáticas, companheiras. Desde a mais velha à mais nova. Dá gosto ir ao ginásio à hora de almoço. Mesmo nos dias em que não nos apetece nada ir, insistimos e nunca nos arrependemos. Saímos de lá transpiradas, suadas e muitas vezes com um andar esquisito. Mas o bem que nos sentimos depois, compensa absolutamente tudo.

Obviamente que só o ginásio não chega. Se chegasse, naquela altura dos meus 20 e tal anos, 30 eu era uma miss. A alimentação é realmente muito importante também. 

E foi há 1 ano que me deu o click. Precisamente nesta altura. Depois de uma avaliação no ginásio, percebi que tinha de fazer alguma coisa pois a minha massa gorda era de 34%. Um absoluto exagero. Vestia um 40 bem justinho pois o ideal era vestir o 42. E sim, tinha calças 42. Que horror, como é possível? Foi resolução de ano novo sim. E a resolução foi não fazer mais dietas! Verdade. Não ia fazer mais dietas. Tinha mesmo era de reaprender a comer. A teoria nós sabemos (sabiamos) então devia aplicar. Comecei por cortar nos açucares e nos hidratos que não fazem falta nenhuma e fazer algumas trocas inteligentes. A coisa começou a resultar e aos poucos e com as idas frequentes ao ginásio, fui vendo o meu corpo a mudar, lentamente. Foi em Setembro que se deu um click ainda maior e conheci o grupo paleo descomplicado. Nessa altura cortei com a única coisa que me faltava cortar, as farinhas de trigo, centeio, malte, integrais, corantes, conservantes. Deixei os produtos lights e magros e mudei para os gordos, descobri que a gordura natural dos alimentos não nos faz mal e que os bandidos eram as outras gorduras escondidas em alimentos que costumamos continuar a comer em dietas, tipo bolachas maria, marinheiras, barras de cereais e outras descobertas que fiz que me deixaram de boca aberta.  E pela primeira vez em 10 anos vi zonas do meu corpo que julgava serem genéticamente gordas como a barriga e as pernas, a diminuir. 

Foi a surpresa de olhar para o espelho e perceber que afinal tenho pernas em vez de 2 troncos de árvore. 

Foi a surpresa de vestir pela 1ª vez em mais de 10 anos umas calças 38.

Foi a surpresa de experimentar um vestido S na Mango.

Foi a surpresa de, ter diminuído 9 cms de cintura nos últimos meses.

Afinal a genética não é tramada. A genética de facto faz-nos ter tendências mas não é impossível fintar a genética. 

Não. Ainda não estou como quero. Já estou bem é verdade. Sinto-me bem mas eu sei que o difícil não é chegar lá. O difícil é continuar lá. O paleo descomplicado não é uma dieta. É um estilo de vida. Um estilo de vida que não é aceite por toda a gente pois destrói por terra ideias pré concebidas, ideias que inclusivamente nos são impostas a nós e aos nossos filhos desde o 1º ciclo quando se estuda a roda dos alimentos. Chamam-nos de loucos, torcem o nariz e perguntam várias vezes se comemos o que comemos e conseguimos emagrecer pois acham ser impossível. Mas depois os resultados estão à vista. Mas ainda assim é difícil acreditar. Chamam-lhe seita. Pois que seja. É nesta "seita" que eu espero encontrar o meu equilíbrio.  Continuar a ver o meu corpo mais definido. Ter 42, 43, 45 e ter um corpo melhor do que tinha aos 30 mas mais importante que isso é ter mais saúde do que tinha aos 30. A alimentação e o ginásio andam de mãos dadas com a beleza e a saúde. Olharmos para o espelho e sentirmo-nos bem connosco é o primeiro passo para sermos felizes. Porque tudo o resto vem por acréscimo.  

No almoço de Natal do meu querido Vivafit deram-me a recompensa. Ganhei o diploma por ter perdido mais cms. Lá sabem que a alimentação que faço é diferente da recomendada pelos nutricionistas normais. Mas reconhecem os benefícios da mesma. E têm curiosidade em aprender comigo também. Não que eu saiba alguma coisa. Sei aquilo que estudo, que leio. E tenho a mente aberta para receber outras realidades. E no Vivafit Linda a Velha têm mente aberta para perceber que há essas realidades. E isso faz com que mais uma vez nos façam sentir parte daquela família. A minha família da hora de almoço. Obrigado por tudo. Obrigado Vivafit LAV, obrigado Paleo descomplicado.

FELIZ NATAL!!!!!


Tarte de maçã fácil e sem culpa

Esta receita de tarte de maçã é tão fácil mas tão fácil como é boa. Tenho de dar os créditos à Maria do Desafio Saudável da Maria, pois é mesmo destas receitas que eu gosto.

A receita original está lá no blog dela. A minha é meio adaptada pois não tinha exatamente a quantidade de maçã que ela referia.

- 1Kg de maçãs (usei 800 gramas de maçã inteiras, descascadas)
- 2 gemas
- 1 ovo inteiro
- 1 colher de sopa de mel
- 200 gramas de farinha de amêndoa (ou aveia)

Cozer as maçãs com um pau de canela e canela em pó. Deixar esfriar. Escorrer, triturar e juntar mel. Colocar a farinha num recipiente e juntar 1 ou 2 colheres de sopa de maçã triturada. Amassar bem até fazer uma massa compacta e moldável. Juntar mais farinha ou maçã até ficar moldável. Numa forma de silicone, forrar com a massa de forma a que esta fique bem fininha. Levar ao forno durante 40 min a 180 graus. Controlar a massa de vez em quando, a ideia é que esta fique estaladiça sem queimar.

Deixar esfriar novamente. Enquanto isso, juntar à maçã triturada 2 gemas e 1 ovo inteiro. Mexer bem até ficar um creme esbranquiçado. Provar e ver se está bom de doce. Se quiser colocar mais um pouco de mel. Deitar o preparado na forma e partir mais 1 ou 2 maçãs de forma a cobrir a tarte. Levar ao forno mais 25 min a 180 graus.

Polvilhar de canela e deixar arrefecer (ou não) :)

A tarte é maravilhosa para um lanche ou até mesmo pequeno almoço com umas colheres de sopa de iogurte grego.


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

42 anos em estilo paleo

42 anos festejados em estilo paleo com o meu primeiro bolo paleo.

BOLO DE CACAU E ALFARROBA

Receita original da mamapaleo aqui

A minha receita:



5 ovos
4 colheres de sopa de cacau puro
4 colheres de sopa de farinha de amêndoa
2 colheres de sopa de farinha de alfarroba
2 colheres de sopa de óleo de coco
4 colheres de sopa de leite de coco (mínimo 85% coco)
4 colheres de sopa de leite de amêndoa
1 colher de chá de fermento sem glúten
Pitada de sal
4 colheres de sopa de açucar de coco e 2 de mel
(Gostamos do bolo docinho, além disso a única pessoa paleo sou eu)
Para a cobertura:
1 embalagem de natas frescas
Framboesas congeladas trituradas com 1 colher de mel.

Preparação:

Separe as gemas das claras. Bata as claras em castelo e reserve.

Com uma varinha mágica ou liquidificadora misture todos os outros ingredientes. Após obter uma mistura homogénea, envolva as claras.

Coloque o preparado numa forma de silicone ou noutra forma barrada com óleo de coco e polvilho e leve ao forno (pré-aquecido) a 190º durante cerca de 30min ( pode variar um pouco dependendo do forno)

Para a cobertura:
Bater as natas frescas e barrar o bolo. Triturar os morangos com mel e cobrir o bolo.
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Para primeira experiência até nem ficou mau. Foi uma aventura levar o bolo ao restaurante pois com o balanço do carro e o sol a bater, as natas e os morangos começaram a escorrer e fiquei com as calças todas sujas de natas. Apesar disso o bolo estava muito bom. É leve, doce, sabe a chocolate e um pouco de alfarroba. Os miúdos não gostaram muito. Mas eles também não são grandes apreciadores de bolos de aniversário. A minha sogra também não achou piada ao bolo (para ela provavelmente devia estar ainda mais doce). De resto todos comeram e gostaram.
Já perceberam que da minha parte agora vão ter de gramar um Natal paleo. Quem gosta come, que não gosta que leve outra coisa. :)




segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Pão maravilha

Este fim de semana foi fim de semana de testar os pães que iam surgindo no grupo do paleo descomplicado. Um dos pães que mais sucesso teve por lá foi o pão maravilha da mamapaleo e eu também tive de experimentar.

1 chávena de linhaça dourada moída
1 chávena de farinha de trigo sarraceno
1 chávena de polvilho doce
1/2 chávena de farinha de coco
1/2 chávena de farinha de amêndoa
4 ovos
1 chávena de água morna
1 colher de sopa de vinagre
1 colher de chá de fermento sem glúten ou bicarbonato de sódio
3 colheres de sopa de leite de amêndoa ou coco
Sal a gosto

Misturar as farinhas e o fermento.

Bater os ovos, juntar o leite, a agua e o vinagre. Adicionar o preparado às farinhas. Mexer bem.

Forrar uma forma de bolo inglês com papel manteiga, derramar a massa (deve estar bem espessa). Colocar as sementes de sesamo por cima (ou outras a gosto)


Levar a forno pré-aquecido a 200o durante cerca de 30min. Desenformar e levar ao forno mais 10/15min e está pronto.

Conforme arrefece fica mais seco, mas se desejar que fique mais seco ainda , pode fatiar e levar ao forno mais 5 min :)

Alterações que fiz: Como não tinha forma de bolo inglês, deitei a massa direto no papel manteiga e espalhei as sementes. Ficou um pão meio tosco mas muito saboroso. Também não tinha farinha de coco mas como tinha coco ralado, usei mesmo assim.

Obrigado mamapaleo pela receita que vai ser usada mais vezes com certeza. 


Pão de Alfarroba

A pedido de muitas famílias, cá vai a receita que usei para fazer este maravilhoso pão. Lá por casa foi o pão que até agora teve mais sucesso, embora outro que tinha feito também tenha ficado muito bom.

A receita foi adaptada de uma de muitas receitas de pão do grupo paleo descomplicado e aqui vai a minha versão:

- 2 ovos
- 1 chávena e meia de farinha de aveia sem gluten
- 1 chávena de farinha de linhaça dourada
- 1/2 chávena de farinha de alfarroba
- 1 colher de fermento sem gluten ou 1 saqueta de fermento de padeiro
- 1 fio de azeite
- sal
- 1/2 chávena de água morna

Misturar todos os ingredientes e depois amassar com a mão ou na bimby em vel. espiga. Quando a massa estiver fechada, retirar e formar o pão com a mão. A massa não é pegajosa, é espessa e por isso molda-se muito bem.

Colocar sementes a gosto por cima e levar ao forno por 30 min a 50 graus para levedar. Depois aumentar o forno para 200 graus e deixar por mais 30 a 40 min.

A massa não cresce muito e esta receita é para um pão pequeno, por isso se quiserem um pão maior é duplicar as quantidades.

Na minha opinião este pão é melhor do que os pães de alfarroba que se compram por aí. Quentinho com manteiga é uma maravilha. Quando esfria fica um pouco mais duro, mas se for à torradeira fica impecável.