Dia 2 da M

Hoje, mal acordei, tinha uma enorme enxaqueca. Não me apetecia nada tomar o pequeno-almoço, mas lá o preparei. Como ontem me queixei à R. de o iogurte ser demasiado azedo, ela aconselhou-me a misturá-lo com os cornflakes. Não comi o ananás aconselhado (não consegui encontrá-lo), mas cozi uma pêra, que ainda estava quentinha. Se o iogurte só é mau, acompanhado com os cornflakes ainda é pior, nem acabei de o ingerir, porque estava mesmo a ver que ia vomitar. O pequeno-almoço, como calculam, foi a minha pior refeição de sempre.

O almoço foi ligeiramente melhor: atum, com cenouras baby e um palito de queijo. As cenouras são detestáveis, mas consegui ingeri-las, temperadas com vinagre. Para mim a sobremesa foi mesmo o queijinho que me soube a gelado de morango.

Hoje está a ser bem mais difícil do que ontem, em parte porque, mesmo que coma pouco, prefiro sempre fazê-lo, como é óbvio, com coisas que aprecie, o que não está a acontecer hoje. Por outro lado, em parte pela dor de cabeça, hoje a sensação de fome diminuiu substancialmente. Vou preparar o batido de ananás (encontrei entretanto um com baixo teor de açúcar). O que vale é pensar no jantar que eu adoro: bife de frango, arroz e cogumelos salteados mnham, mnham!

(...)

O batido bebeu-se, mesmo sem tapar o nariz. Mas, o manjar dos deuses, a iguaria paradisíaca, o néctar divino, a ambrósia foi o jantar. Nunca pensei que me soubesse tão bem! O arroz e os cogumelos, mesmo sem sal, estavam maravilhosos.

Ao fim deste segundo dia, posso afirmar que pouco a pouco, estou a deixar de sentir aquela vontade de comer doces e porcarias. Parece que o meu estômago se tornou mais paciente e que a fome diminuiu.