terça-feira, 22 de novembro de 2022

O meu transplante capilar - A DECISÃO

Como referi aqui, desde os 18 anos que tenho alopecia androgenetica. Em Março de 2022, resolvi, após 30 anos do primeiro diagnóstico, voltar ao médico e tentar perceber quais as alternativas que tinha. Vou ser muito sincera. Sai da consulta com um misto de desilusão e compreensão. Engraçado pensar nisto agora pois neste momento, percebo perfeitamente o sentimento que tive.

O Dr Rui com uma máquina esteve a ver o meu cabelo. E disse o que, obviamente, eu já sabia. Alopecia Androgenética. E depois, foi o modo como me disse. O cabelo que caiu, já não cresce. O resto do cabelo tem tendência a cair pois é genético. Tratamento existe apenas para MANTER o cabelo que temos o mais possível. A única solução para voltar a ter cabelo seria o transplante. A decisão era minha. Disse-me logo que, no meu caso, seria um transplante médio de cerca de 1500 unidades, disse-me logo quanto custava, tudo muito direto mas sem qualquer imposição. Acho que foi este aspecto, o qual acabei por dar valor depois de pensar sobre o assunto, que me fez decidir. Ali estava um médico, direto, sem rodeios, sincero, sem insistir e sem dizer, Rita faça o transplante que vai ficar espectacular e é a melhor coisa do mundo e bla bla bla. Não. Nada disso. O Dr Rui NUNCA fez nada disso. Limitou-se a dar-me a medicação para tomar e que teve o cuidado logo de me alertar que... "atenção que a medicação que lhe vou dar é uma medicação que normalmente se dá para a próstata mas existem agora imensos estudos e resultados concretos que indicam que esta medicação tem muito bons resultados para  a alopecia androgenetica feminina". Disse ainda que tinha algumas contra indicações nomeadamente se quisesse voltar a engravidar mas, tendo em conta a minha idade e o facto de já ter encerrado a loja,  não se justificavam. Eu também já tinha lido sobre esta medicação no blog da Beautyst por isso aceitei sem reservas. Relativamente ao transplante, ainda fiz mais algumas perguntas, que o Dr Rui respondeu sempre no mesmo tom, como se não tivesse qualquer interesse no mesmo. A decisão era minha e a fazer era quando eu quisesse. Fosse daqui a um mês, um ano, ou dez. 

Vim para casa a pensar no assunto. Com aquele sentimento de por um lado, ter querido que me dissessem que o transplante ia ser a melhor coisa do mundo a fazer, por outro ter percebido que de facto a decisão era minha e não podia dizer ter sido influenciada por ninguém. Ainda troquei alguns emails com o Dr Rui, questionando o porquê de me recomendar fazer um transplante médio, enquanto à Joana recomendou 3 ou 4 microtransplantes. O Dr Rui respondeu sempre com toda a sinceridade e super direto, referindo mesmo que " cada caso é um caso" e portanto NUNCA devemos comparar experiências ou condições genéticas sem conhecer o que está por trás. 

E foi então que, depois de falar com a família, decidi fazer o transplante. Como sabia que ia haver um período mais restritivo, sem desporto, sem sol, sem praia, no pós transplante, marquei com o Dr Nuno para dia 3 de Outubro.


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